"Não fico satisfeito em ouvir a música em casa sem a dar a conhecer." Mestre António Sérgio
segunda-feira, 10 de março de 2008
Primal Scream em Paredes de Coura
Netlabels (Editoras Online)
A maioria das netlabels funciona ao abrigo das licenças Creative Commons."
Está assim, oficialmente, inaugurada mais uma secção do Quase - Netlabels.
The Cure @ Atlântico - As coisas vistas pelos meus olhos
Mais uma grande noite de Rock and Roll na Capital
Eram cerca das 20:00 quando, acompanhado por 3 amigos, entrei facilmente (como é habitual) no Pavilhão Atlântico.
Poucos minutos depois, começava a actuação dos britânicos 65 Days of Static, banda que pratica uma rock robusto, muito ao estilo de outras apelidadas de Post Rock (Mogwai, Godspeed You! Black Emperor, A Silver Mt. Zion ou Explosions in the Sky). Logo desde o início, o vocalista tentou (com sucesso) contactar com o público que aos poucos começava a encher o local. Assistiu-se a uma excelente meia hora de rock, que facilmente se podia ter prolongado por mais alguns minutos, visto tratar-se de uma banda com material suficiente para tal. O público retribuiu positivamente a simpatia do grupo, facto que estranhei, pois a banda de Sheffield pratica um som completamente instrumental, facto que poderia ter criado um certo distanciamento.
Às 21:10 e ultrapassados uns penosos 25 minutos de espera, eis que ao ritmo da habitual Plainsong entra em palco o prato principal da noite. O alinhamento completo está aqui.
O início do concerto foi feito a um bom ritmo, contendo temas dos primeiros discos da banda e tendo como momentos altos A strange day, Alt.end, The blood, Lullaby, From the edge of the deep green sea.
É um facto que é hábito da banda, através da alteração do ritmo a que são tocados, fazer de alguns temas verdadeiras versões. Sei também que os Cure são neste momento quatro elementos e que a ausência de um membro que toque teclas se faz sentir (onde estás Perry?). Há ainda outro aspecto importante: alguns dos presentes (principalmente dos balcões) esperariam um concerto ao estilo Best of e estariam pouco familiarizados com os temas menos badalados.
Inbetween days, Just like heaven e Primary levantaram as almas de quase todos os presentes e constituíram novamente momentos altos da noite, o mesmo se passando com Disintegration, que fechou em beleza a primeira primeira parte.
O primeiro de três encores começou com At night e teve momentos de elevada entrega como Play for today e A forest. O segundo e terceiros encores constituíram um verdadeiro desfile de êxitos: The lovecats, Let's go to bed, Close to me, Why can't i be you?, Boys don't cry, Jumping someone else's train, 10:15 saturday night. No meio houve ainda tempo para apresentar o inédito Freak show.
O concerto termina com Killing an arab e o povo está rendido a uma banda que muitos pensavam parada nos anos 80 e quase acabada. Robert Smith é hoje um quase cinquentão com uma voz em plena forma e os restantes três membros da banda acompanham em bom nível o líder. Na minha opinião falta unicamente um membro que possa complementar o som natural dos Cure - as teclas.
Concluindo: Muito bom concerto da banda britânica.
No seguimento da noite, mudámos para a After Party do clube de Fans no Transmission, onde houve ocasião de recordar temas de Sisters of Mercy, Bauhaus, Siouxie, Young Gods, Peter Murphy, Mission mas também parentes e descendentes directos mais recentes.