terça-feira, 7 de julho de 2009

Nesta data, apetece-me...

... falar sobre Mark Sandman, americano, simpático, músico, compositor, inventor, cavalheiro e mentor dos saudosos Morphine. Apetece-me falar dele porque sempre apreciei os seus especiais dotes musicais (voz suave/grave inconfundível) e o considerei um génio inovador (fabricava a maioria dos seus famosos baixos de duas cordas, normalmente afinados na 5º oitava) e um mestre da composição. Apetece-me falar sobre este ex-taxista pois completaram-se na passada Sexta-Feira 10 anos (03/07/1999) sobre a sua trágica morte em palco e desde essa data assisto à injustiça que tem sido a ausência quase generalizada de uma condigna homenagem. Decidi cumprir o meu dever e fazê-la propositadamente neste dia.
Mark nasceu a 24 de Setembro de 1952 em Newton - Massachusetts e depois de militar no projecto Treat Her Right, fundou o trio Morphine em 1989, juntando a si (baixo e voz) Dana Colley (saxofone baixo) e Billy Conway (bateria). A banda radicada em Boston, editou Good (1992), Cure for Pain (1993), Yes (1995), Like Swimming e B-Sides and Otherwise (1997) e The Night e Bootleg Detroit (2000).
A sua ligação ao nosso país era muito especial: Sandman dominava perfeitamente a nossa língua (estudou durante anos em São Paulo) e era com extremo gosto que mantinha vários amigos em Portugal e fazia questão de actuar cá regularmente (Coliseu dos Recreios em 1997, Expo 98...). Uma das últimas actuações, a qual tive a felicidade e o prazer de assistir em Coimbra no dia 23/10/1998, permanecerá para sempre na minha memória como um dos melhores e mais intensos concertos da minha vida.
Aos 46 anos, quando executava o segundo tema do concerto em Palestrina (Roma), o coração de Mark Sandman falha e deixa de funcionar - o brilhante líder é fulminado por um ataque cardíaco. É ainda transportado para o hospital local, onde se confirmada a sua morte.
Ao invés de chorar a sua perda, relembremos a sua obra...

RIP Mark.

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