domingo, 13 de julho de 2008

Há política e política...

... e palavras e palavras.

Pinker Tones, The - Happy Everywhere

Pinker Tones, The - Happy Everywhere

Alive: Dia 3 (Parte II)

Continuação deste.
"Contrariado", tive de mudar de palco novamente, para ver uma das bandas que mais desejava: The Gossip. A mudança valeu a pena porque os norte-americanos são mesmo um grande projecto ao vivo, beneficiando da literalmente forte presença em palco da vocalista Beth. Este foi mais um espectáculo injustamente realizado no palco secundário - os Gossip merecem mais tempo de actuação e também o palco principal. Desde os acordes iniciais, a banda foi apoiada, aplaudida e venerada pelo povo até ao final em grande, com o hit Standing in the way of control, com direito a invasão pacífica e a um pequeno encore com We are the champions. Por momentos, parecia uma actuação dos I'm from Barcelona, tal era o número de pessoas em palco. Muito boa banda e grande concerto.
Nova deslocação até ao outro palco para ver Ben Harper & the Innocent Criminals, outro grande nome, do qual aprecio bastante a fase inicial da carreira. Foi um bom concerto, um pouco parado, mas ao seu habitual estilo e em grande nível. Pessoalmente, tive um sentimento especial ao reviver Weeping boy ao vivo, excelente tema, grande momento, com o americano de viola apoiada nas pernas (o que já é habitual). De realçar a participação constante e activa do público, tendo um momento de elevada interacção com a banda, fazendo de Vanessa da Mata em Boa Sorte/Good Luck. Atrás, estive prestes a escrever ... "público tuga", mas, devido ao elevado número de estrangeiros presentes no evento (espanhóis, ingleses, irlandeses...), tal não seria correcto, facto que é a prova de que bons cartazes trazem pessoas ao nosso país.
Como a hora já ia adiantada e o cansaço acumulado era visível, decidimos fazer uma passagem rápida pelo Palco Metro para ver a prestação de MSTRKRFT em formato DJ antes de rumar a casa (sim, porque a vida não está para festivais!).
Em jeito de resumo global, este dia foi mais fraco que o primeiro, apesar de ter contido momentos que dificilmente esquecerei. A edição 2008 deste "festival canadiano" (caracterização minha, dado o elevado número de bandas/projectos desse país) foi bastante boa, com um cartaz de luxo e com prestações de elevado nível. Para recordar ficam os bons concertos e dj sets, a companhia e alguns (poucos) aspectos positivos do evento. Para esquecer são os problemas iniciais, os cancelamentos e as actuações perdidas (Spiritualized, Vampire Weekend, Bob Dylan, Juan Maclean).
No próximo ano há mais... ou não.

Amadeo Modigliani - The boy

Alive: Dia 3 (Parte I)

Regressámos, desta vez sem percalços, ao Passeio de Algés, para assistir ao terceiro dia do Alive. Com plano feito para ver no palco secundário os Midnight Juggernauts, assistimos a um trio com um poder superior ao conhecido em disco, o que constituiu uma boa surpresa, até à hora em que o som/energia falhou (logo no tema mais conhecido) e decidiu-se por rumar ao palco principal para ver Donavon Frankenreiter.
O californiano, representante de um estilo que pessoalmente não me seduz, deu, na minha opinião um concerto sem sabor. Findo este, regressámos novamente ao palco secundário para, depois de mais um gigante intervalo, ver a ex Moloko Roisin Murphy. A rapariga, muito energética, interpretou temas da antiga banda e também seus, o que me fez reviver bons momentos e veio provar que ela era a banda.
Estava a chegar a hora de preparar o estômago para a recepção ao Grande Senhor da noite: Neil Young. Uma das primeiras impressões com que fiquei quando olho para o palco foi a idade da banda que acompanha o canadiano: Se este tem mais de 60, nos Crazy Horse há seguramente elementos com aspecto bem mais avançado. Estes atributos não significaram uma má prestação, muito por contrário. A voz de Neil pareceu-me um pouco cansada, facto que foi compensado pela longa experiência de prestações com viola, harmónica e teclas. Nestes apartados ele está cada vez melhor, brilhou e encantou, sendo para mim o melhor concerto da noite e um dos melhores do festival. Vou ficar com a feliz memória de ter ouvido ao vivo temas como The needle and the damage done, Rockin' in the Free World ou Rockin' in the Free World. Grande Senhor do Rock.
Continua aqui.

Ölga no Festival Serra da Estrela

O projecto lisboeta Ölga actua no dia 17, primeiro dia do Festival Serra da Estrela, em substituição dos cancelados Philharmonic Weed.