sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Os melhores de 2013 (Humilde escolha do autor) 5 a 1

Continuando a contagem iniciada anteriormente, aqui vos deixo as posições 5 a 1:


Banhart é um artista plástico, músico e compositor hispano-americano e um dos maiores representantes do New Weird America (Rock psicadélico ou Novo Folk). No disco do ano passado, oitavo da sua carreira, podemos encontrar as habituais melodias, com toque pop, acompanhadas da voz preciosa de um Grande Artista, que já merecia muito mais crédito e aceitação por parte do mundo musical. Temas a destacar: DanielFur Hildegard von Bingen, Never seen such good things, Mi negrita e o brilhante Won't you come over.

AMOK é o registo de estreia do coletivo (Super-Grupo) liderado por Thom YorkeNigel Godrich e Flea. Nele podemos encontrar uma mistura saudável de eletrónica, programações cuidadas e ondas de baixo hipnóticas. Quem me conhece sabe que considero o vocalista dos Radiohead um dos maiores génios da música, facto que torna complicado não apreciar e cotar bastante qualquer um dos seus projetos. Além deste, AMOK conta ainda com as programações de Godrich (um dos mais requisitados produtores da atualidade) e também com Flea (fundador e baixista dos Red Hot Chili Peppers). Preferidas: Default, Dropped, Amok, UnlessStuck together pieces.

Entrar no pódio é sinónimo de início de apresentação dos Grandes Discos do passado ano. Seguindo a lógica referida para Thom York, 2013 trouxe o regresso do meu trio indie rock preferido, mostrando como se pode manter uma carreira com mais de 30 anos, permanecendo em excelente forma, sem ceder à tentação de ser grandes estrelas. Ira, Georgia e James continuam a fazer discos como sempre - em família. Álbum de composição e apresentação mista, contendo alguns dos momentos mais deliciosos e melodiosos que lhes ouvimos. Nunca será tarde para se descobrir uma banda como esta. Temas a destacar: OhmIs that enoughI'll be aroundCornelia and JaneThe point of itBefore we run.


O crescimento dos Arcade Fire continua a fazer-se de forma gradual e saudável. Ao quarto registo de estúdio, decidiram (prematuramente, assumem algumas críticas) fazer uma mudança de estilo. A meu ver, fizeram-no para melhor. Nesse processo contaram com a preciosa e notada colaboração de James Murphy (Produtor, membro dos LCD Sounsystem e dono da DFA Records). Continuam a ser uma Grande Banda, impondo um elevado nível de satisfação nos seus trabalhos. Podiam, perfeitamente, ocupar o número um. Destaques: Reflektor, We exist, Here comes the night time, Joan of Arc, Porno e o excelente Afterlife.


O melhor disco do ano de 2013 foi-nos trazido em maio. O melhor disco do ano passado foi-nos apresentado por uma instituição do rock vinda do Ohio, que ao sexto registo da carreira mostra uns The National em forma olímpica. Matt Berninger acompanhado dos irmãos Dessner (também produtores do disco) continuam a deliciar-nos com as melodias, algo deprimentes, cimentadas na voz barítono de Matt. A genialidade tomou, uma vez mais, de assalto o mundo do Rock Independente. Admito que para este posicionamento (topo da classificação) contribuiu o excelente concerto assistido quase em final de ano. Temas com sinal mais: I should live in salt, DemonsDon't swallow the capHeavenfaced, Graceless,  HumiliationPink rabbits.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Os melhores de 2013 (Humilde escolha do autor) 10 a 6

Ao que parece, o atraso na apresentação das minhas preferências musicais do ano anterior passou a ser um hábito. Vou tentar, já no próximo, inverter essa tendência. Aqui ficam as posições 10 a 6:
Original projeto de Nicolas Jaar e Dave Harrington. Nele podem ouvir-se serenas batidas eletrónicas (ao bom estilo downtempo) trazidas pelo primeiro (que também acrescenta a vocalização) acompanhadas das melodias do segundo, seja usando a guitarra, seja com o baixo. Refira-se que a superior qualidade deste duo pode/deve ser confirmada em prestações ao vivo. Temas em destaque:  Golden arrowPaper trails e Metatron.

Washed Out é um conceito em nome próprio de Ernest Greene, genial produtor e músico americano. Em 2013 apresentou o segundo registo de originais e nele continuamos a poder degustar a pop eletrónica leve já apresentada no disco de 2011 e ainda podemos encontrar traços de dream pop e até trip hop. Escolhas: It all feels right, Don't give up e All over now

Esta foi, para mim, a grande revelação de 2013. O talentoso quarteto de moças londrinas, lideradas pela energética Jenny Beth (Curtis encarnado em corpo de mulher?), editou um dos melhores discos rock do ano, o que aliado a excelentes prestações ao vivo, fazem delas um sério caso no universo musical e claramente uma banda a seguir com atenção. Destaques: HusbandsI am hereMarshal dear, She will e Shut up.

Décimo quinto registo da carreira do veterano Senhor do rock. Trata-se de um regresso em grande forma, com um disco a tender para a "balada", onde a voz de Cave se destaca, aos 56 anos de idade, apresentando-se num patamar acessível a muito poucos. Temas principais: Jubilee StreetWe real coolPush the sky awayWe no who U R e Wide lovely eyes.

Na posição 6 encontramos os !!!, coletivo vindo de Sacramento e liderado pelo frenético Nic Offer. Eles, sabem, felizmente, as dosagens corretas de como misturar o rock com a música dançável, continuando a agradar às duas fações. Há uma frase da banda que descreve na perfeição a sua missão: "Our musical goal in life is to get you pumped, get your body moving, and maybe even get you dancing." É difícil resistir. Temas favoritos: Even when the water's cold, SlydCaliforniyeahOne girl one boyExcept death.