“O produto das rádios nacionais, de sintonia nacional, é muito igual e absolutamente desolador. Estas rádios são, cada vez mais, formatadas, obtusas, espelho das castradoras playlists que afogam o papel do realizador de rádio e abreviam a oferta de novos, alternativos e criativos programas de rádio. Depois isto é um ciclo vicioso. As rádios das massas regem-se, inevitavelmente, conforme os critérios e padrões umas das outras. Falta coragem, muita coragem. Temos as antenas 1, 2 e 3: a rádio pública. A Antena 3, quando surgiu, assumiu-se como uma rádio diferente. É o que se vê!... Com a excepção de alguns programas nocturnos, não oferece nada de novo. A Antena 2 lá se vai abrindo ao Jazz – ainda pouco – mas tem ali espaço para tanto e ninguém põe mão naquilo. Será que, por exemplo, a “Íntima Fracção” do Francisco Amaral não cabe ali? Haja coragem!
(...)“As playlists são uma imposição das grandes editoras. Infelizmente, no nosso país, há muito o "efeito bola de neve" – as rádios nacionais tendem a seguir as piores políticas.É claro que as rádios menos poderosos têm de seguir estes critérios editoriais para sobreviver, mas, a meu ver, as playlists são impostas pela indústria e as rádios nem esperneiam.”
Interessante visão/opinião de Ricardo Mariano.
Tudo roubado na Irmandade do Éter.