... mas, do pouco que sei sobre a polémica que opõe governo e professores (novo modelo de avaliação, progressão na carreira, etc) há uma dúvida que me assalta a mente: Como podem os supostos educadores nacionais (por vezes acompanhados de esposa e filhos, de modo a engrossar o número de marchantes/protestantes) pensar que a culpada desta situação é a ministra da educação e tenham coragem de pedir a sua cabeça? Que eu saiba, a senhora em questão (sim, eu sei que é ela que dá a cara pelas políticas do executivo) faz parte de um conjunto de políticos que se apresentou a acto eleitoral, com um conjunto de intenções e propostas governativas (previamente explanadas) e foram democraticamente eleitos para levar a cabo essas ideias. Que me tenha apercebido, o primeiro ministro sempre apoiou as medidas relacionadas com a educação e tenho a certeza que mesmo trocando de ministro, as linhas traçadas inicialmente se irão manter (com as necessárias adaptações a novas realidades). Penso até que, a continuarem todas estas posições, este caso dificilmente se resolverá de maneira pacífica. A única resolução possível poderá ver luz caso os sindicatos (aqueles que têm cabecilhas que ao contrário da Sra. D. Rodrigues, são simpáticos e nada arrogantes) se dignem regressar ao diálogo que prematuramente abandonaram. Desculpai, quase que esquecia um pormenor importante: há ainda uma possível saída, recentemente descoberta por um dos últimos iluminados deste país - a avaliação administrativa. Felizmente, estamos salvos.
Por último deixo uma constatação: até hoje, nunca ouvi nenhum professor (em público ou particularmente) aplaudir uma boa iniciativa tomada por algum ministro da educação (e já conheci uns quantos). Estaremos perante o nascimento de uma nova classe de intocáveis?