terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tinderstics - Nectar

 My letters sit on your window-sill
Yellowed by the sun
Written that time our love was in its prime
They just ran off my pen
My pen is broken now
Couldn’t eat a thing
Couldn’t sit next to you 
For all this sorrow the joy brings
It only shows me the truth
Changing 
So I fretted at you, to swallow the pill
that’s getting bitterer every day
All that joy couldn’t help the boys
But we look so ...
Just like burning up the crockery
With your fire we melt our joy
Pour in the sorrow this joy brings
Took away the doubt from me
Changing 
My letters sit on your window-sill
Yellowed by the sun
Written that time our love was in its prime
They just ran off my pen
I can’t write them now
I can’t eat a thing
Couldn’t sit next to you 
All this sorrow the joy brings
It only shows me the truth
Changing
I’m changing
Changing
Changing
Changing.
Tindersticks - Nectar
-Tindersticks (1993)-

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Há quem me acuse...

... de ser chato, abusador e até massacrante com este tema. Sou da opinião que devemos lembrar (e porque não de forma recorrente) os que nos fazem falta. Os factos são, neste caso e infelizmente, o que são: O Mestre António Sérgio deixou-nos há dois anos. Como forma de celebração da sua memória, decidi fazer um tomo do QuasePodcast inteiramente dedicado/inspirado a/por ele. É a minha homenagem, como forma de agradecimento por grande parte da minha "educação musical". Trata-se de uma compilação de temas com base Rock, que me recordo de ter ouvido nas suas emissões e outros que associo claramente ao seu estilo, como são o caso dos de abertura e final, que apesar de terem sido editados no corrente ano, certamente fariam parte das suas escolhas. O conjunto de músicas aqui deixado, em estilo best of, é bem representativo do ecletismo musical do Sérgio, tem aproximadamente 74 minutos de duração e tem o como participantes:
01. Burial - NYC
02. Death in Vegas -  Hands Around My Throat
03. Unkle - Unreal
04. Swell - Fuck Even Flow
05. Porno for Pyros - 100 Ways
06. Yeah Yeah Yeahs - Skeletons
08. My Bloody Valentine - Blown a wish
09. The Cure - Primary
10. Xutos & Pontapés - Quero-te
11. Breeders, The - Do you love me now
12. Tom Waits - Clap hands
13. Cocteau Twins - Aikea-Guinea
14. Mazzy Star - Fade into you
15. Neil Young - The way
16. Joy Division - Atmosphere
17. Blur - The universal
18. Red House Painters - New Jersey
19. PJ Harvey - Hanging in the wire



O ficheiro em formato .mp3 pode ser descarregado, de forma gratuita, aqui.
Os restantes (anteriores) podem ser ouvidos e descarregados aqui.
Os temas usados nesta compilação destinam-se unicamente a fins de teste. Caso alguém se sinta lesado com a divulgação, faça favor de manifestar o facto, razão que levará à retirada dos mesmos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Há alturas...

... no ano em que não se deseja receber más notícias; Há alturas na vida em que pensamos que, pelo acumular de experiências, só boas coisas virão. Obviamente que o ideal seria nunca se receber notícias indesejáveis, viessem elas no início da vida ou no final.
À medida que o tempo passa, pensamos que o tamanho do nosso peito é cada vez maior e olhamos para as balas como coisas cada vez mais inofensivas: Somos (quase) inabaláveis, imunes. Tudo nos parece serenar, até ao momento que dificilmente prevíamos se pudesse vir a repetir - levamos um (outro) "coice", que nos deixa atordoados, nos faz pensar na (in)justiça da vida, no excesso de dedicação que apresentamos nas nossas funções e no mérito necessário para atingir os fins. Nessa hora tudo é posto em causa, os princípios por que sempre no regemos, a necessidade de constante cumprimento dos deveres e a vontade de continuar a insistir em manter a integridade.
Sei bem que o importante/fundamental é continuar de pé e ter saúde, mas a velha norma de que o que não nos mata, torna-nos mais fortes, na minha opinião, tarda a fazer sentido. Hoje, fruto de uma comunicação de ontem, sinto uma mistura estranha de sentimentos que, muito sinceramente, não me apetece exteriorizar de outra forma que não esta... 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Bem me parecia que...

... me faltava aqui colocar alguma coisa. Este volume do Quasepodcast está realizado e online há mais de um mês e ainda não tinha sido publicado aqui. Trata-se de um conjunto de temas, de base electrónica, maioritariamente minimal techno, contendo os seguintes projectos:
01. Konrad Black - Reversal Ghost
02. Walls - Sunporch
03. Tim Gregor - Subterrain
04. Gui Boratto - Flying practice
05. Mike Dehnert - Bar2
06. Terre Thaemlitz - Ball'r (Madonna-Free Zone)
07. Gaiser - Some slip
08. John Tejada and Justin Maxwell - Our aimless dance
09. The Field - It's Up There
10. Pär Grindvik - Sinister (S. Linzatti Remix)
11. Legowelt - Poverties paradise
12. Exercise One - Timetrap

O ficheiro em formato .mp3 pode ser descarregado, de forma gratuita, aqui.
Os restantes (anteriores) podem ser ouvidos e descarregados aqui.
Os temas usados nesta compilação destinam-se unicamente a fins de teste. Caso alguém se sinta lesado com a divulgação, faça favor de manifestar o facto, razão que levará à retirada dos mesmos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dois anos sem Mestre

"Tive a sorte de assistir, ao vivo, e ao lado dele, àquele que certamente terá sido um dos mais marcantes encontros da vida do Sérgio. Foi em 1993. Estávamos em Manchester, em plena convenção ‘In The City’, onde se juntavam músicos, editores e divulgadores… Tínhamos partido juntos de Lisboa e levávamos três objectivos na bagagem: comprar discos para a discoteca de uma nova estação de rádio que iniciaria as emissões algumas semanas depois (a XFM), estabelecer contactos com editoras independentes e… desafiar John Peel a fazer um programa para a “xis”…
Ver o encontro entre os dois foi como assistir ao que mais parecia uma reunião de velhos amigos (mas que até aí não se conheciam), rapidamente a conversa saltando da agenda prática do programa (que de facto existiu em exclusivo para a XFM) para discos e trocas de memórias. Chamavam muitas vezes ao Sérgio o John Peel português… Mas ali perderam-se as fronteiras. O Peel português? O Sérgio inglês?... Fiquei calado a assistir… Foi inesquecível.
As minhas memórias do Sérgio recuam contudo mais atrás, a finais de 70 e inícios de 80… Lembro-me da voz, captada em FM, anunciando os discos um a um. Novos discos, sempre desafiantes. E também as referências que completavam esta história sempre em construção… Alguns LPs levavam semanas a chegar a estes lados, e as cassetes com as emissões gravadas da rádio ouviam-se assim vezes sem conta… Até a fita não poder mais… Mal imaginava então que, alguns anos depois aquela seria a mesma voz que me daria, ao vivo, os bons dias de segunda a sexta, sempre com uma pilha de discos na mão, entrando perto das dez da manhã pelo estúdio, tomando o microfone que entretanto eu deixara livre.
Aprendi a ouvir música na rádio. E o Sérgio foi, de todos os que me abriram portas ao som, o mais importante e marcante dos divulgadores. Vincava o direito à diferença. E fez a diferença. Obrigado, Sérgio."
Nuno Galopim acerca do Mestre