segunda-feira, 25 de julho de 2011

As (des)uniões

"...Por tudo isto, a União Europeia é uma aliança envergonhada, sem uma estratégia de defesa comum, sem posição consensual nas grandes questões mundiais, feita de um equilíbrio difícil entre interesses egoístas dos estados-membros, à mercê de populismos nacionalistas e oportunistas. Temos uma Europa em que só a burocracia é transnacional, e que não foi capaz de construir uma nova soberania que substituísse aquela que foi subtraída aos seus estados-membros, uma entidade pela qual nenhum dos seus cidadãos parece capaz de verter o seu sangue, se ela estiver debaixo de uma ameaça externa convencional. E, por isso, não admira que os seus cidadãos se recusem a fazer sacrifícios mútuos perante uma ameaça interna de desagregação. Esta Europa não passa de um rebanho sem bons pastores, que se desagrega logo que o pasto escasseia..."