quinta-feira, 3 de abril de 2008

O peso de duas chaves

Por motivos pessoais, quebrei há dias uma relação que se podia denominar de laboral. Tratava-se de tarefas que, com algum esforço mas sempre com elevados níveis de dedicação, confidencialidade e profissionalismo, desempenhei durante anos e à qual se vêm acoplando e adaptando os meus ofícios principais.
Reconheço que o lado financeiro por ela proporcionado me tem permitido alguns luxos e poupanças interessantes, mas nunca foi esse o principal motivo pelo que me apeguei ao projecto, nem mesmo o que me tinha mantido durante os últimos (e por vezes penosos) tempos.
Passe o lugar comum, mas como acontece em qualquer relação, esta também teve um início e um final. Sobre o início, pouco há a dizer: aconteceu uma paixão, e como em tudo, o que é feito com gosto, perdura. O final, esse sim, me está a incomodar. A questão é que, como tudo o que se tem passado ultimamente na minha vida, tenho feito um esforço brutal para não sobrevalorizar as situações, tentando unicamente fazer um "controlo de danos".
Assim sendo e concluindo, estou preocupado com o facto de este ter sido um divórcio tão cordial e tão pouco litigioso. Tento a todo o custo reunir justificações para para tal simplicidade e ... a única que encontro é a óbvia: tenho a certeza de que cumpri com as minhas obrigações e como tal nada tenho a temer.
E a que se deve o título desta mensagem?
A mais um facto: Tenho o alívio do peso de duas chaves no meu bolso.
Espero em breve ter uma nova (ou outro qualquer meio de activação).

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