... quando há um acumular de indícios que apontam nesse sentido. Caso contrário, temos tendência a subestimar ou a ignorar os avisos esporádicos com que a vida nos brinda. Os pessimistas (grupo a que inexplicavelmente pertenço desde que me conheço) têm a vida ainda mais complicada, pois têm extrema dificuldade em ignorar os ditos sinais, perdendo imenso e precioso tempo a tentar atestar a sua gravidade e a pensar nas (sempre certas) consequências. A mais evidente e dolorosa é a perca de horas de descanso e o subsequente aspecto de constante ressaca alcoólica, mesmo quando se anda dias sem o ingerir. A seguinte é a irritação e o mau feitio que lhe anda sempre acoplado. Muito trabalho dá a disfarçar quando se tem de mostrar boa (ou a melhor possível) cara no trabalho.
Toda esta prosa vem a propósito de alguns factos que recentemente se passaram comigo e verdadeiramente me deixaram incomodado. Não me refiro ao estado de crise do nosso país, ao não final da carreira dos Delfins, à recessão económica no mundo ou à nova carreira do(a) Castelo Branco, se bem que os considere como preocupantes. Refiro-me sim às seguintes duas situações:
- à penosa comunicação por parte do meu superior no trabalho: a reprogramação temporal e financeira da candidatura não foi aceite e o teu contrato acaba, efectivamente, na data prevista - dia 14 =» dia 15 volto à situação de desempregado;
- ao facto de ir cortar o cabelo e o barbeiro (vizinho e amigo Cleto) me dizer que me vê mais pesado: "Andas a f*d3r pouco!" Ensaca, lembrando-te que estás solteiro há um ano e que os teus sentimentos são constantemente e continuadamente ignorados;
Algumas mais houve, que contribuíram também para o estado actual do filme, tendo optado por não as incluir e não vos maçar ainda mais.
Tento neste momento reagir o mais positivamente possível às situações, tendo esperança que depois de tanta turbulência haja um pouco de paz e com ela o reconhecimento e a tão ausente sorte.
Não gosto de trabalhar aos Sábados - há neles tempo demais... para meditar...
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