De todos os quadrantes, inclusivamente os mais indie/alternativos (se é que essa catalogação ainda sobrevive), se ouvem loas ao resultado da votação levada a cabo pela Antena 3 tendo em vista a eleição do melhor disco dos últimos 15 anos. Na opinião dos ouvintes, a classificação final foi a seguinte:
1. Ornatos Violeta - "O Monstro Precisa de Amigos"
2. Silence 4 - "Silence Becomes it"
3. Slimmy - "Beatsound Loverboy"
4. Mão Morta - "Nus"
5. Xutos & Pontapés - "Ao Vivo na Antena 3"
6. The Gift - "Vinyl"
7. Blasted Mechanism - “Namasté”
8. Da Weasel - “Podes Fugir Mas Não Te Podes Esconder”
9. David Fonseca - “Dreams in Colour”
10. Deolinda - “Canção ao Lado”
12. Humanos - “Humanos”
12. Pedro Abrunhosa & Bandemónio - "Viagens"
13. Moonspell - “Memorial”
14. Sam the Kid - "Pratica(Mente)"
15. Clã - “Lustro”
Falo-vos como não participante (por desconhecimento) desta interessante forma de comemoração de aniversário. Concordo com o fundamental serviço prestado pela banda de Manuel Cruz e o consequente lugar cimeiro, (apesar de pessoalmente preferir o debutante Cão, também a votos), mas preocupa-me e espanta-me o imberbe conhecimento que levou ao resultado final. Claro que admito que uma boa parte da votação vem de ouvintes (e gostos/votos nunca se discutem) contemporâneos dos anos em análise, o que explica a inclusão de discos de 2006 e 2008.Louvo a singular e inovadora iniciativa: é interessante sentir o pulso ao ouvinte anónimo, fazendo uma análise à possível intervenção da estação em tais resultados, tendo em vista o futuro.
Continuando no campo dos gostos pessoais, admito que caso tivesse participado, optaria claramente por Vénus em chamas, Wolfheart ou Lusoqualquercoisa, pois são (foram) discos marcantes e que considero de importância superior para a história da música lusa. Um grande ponto de interrogação para a medalha de bronze, registo que desconheço (mas certamente merecerá investigação) e por consequência questiono a posição ocupada.
Por falar em Antena 3, partilho umas dúvidas: É impressão minha ou a qualidade musical da programação diurna da suposta rádio jovem de serviço público melhorou com a inclusão de Luís Oliveira? ou será somente falta de influência opinativa de Radialistas (atenção ao R maiúsculo) de Nuno Calado, Álvaro Costa, Henrique Amaro e Miguel Quintão?
4 comentários:
Meu querido, não se trata de uma questão de gosto(s) mas, sim, de ter de se papar com o gosto dos outros que já estão "alambazados" há demasiado tempo na mesma antena...daí poderem ser chamados de Radialistas.
De vez em qd, há por lá uns estagiários e uma tipas (q devem ser mto giras) a fazer programas com os ditos...
Sabes pq é q apesar de tudo, repito apesar de tudo, ainda prefiro o Nuno Reis como Radialista? Esse meu querido "rei da telefonia? Porque sempre, deste q entrou, para aquela casa, deu o corpo ao manifesto!
Vão mas é trabalhar!
Não preciso assinar, certo?!
CD
Boas.
Quem me conhece sabe que a A3 não é uma das minhas favoritas (embora a catalogue como a menos má, comparada com as concorrentes), mas aprecio principalmente o painel nocturno onde ainda brilham os cada vez mais raros "programas de autor", pensados e realizados pelos tais bons Radialistas, que não se limitam a debitar uma qualquer playlist, imposta por quem todos sabemos... Se os Sérgios, Ramos, Calados, Sanches, Costas, Reis, Balencianos, Vargas, Amaros ... não "falassem" aos ouvintes eu nunca teria conhecimento de 1/10 das bandas que gosto.
Relembro-te que nem sempre houve youtube, myspace, blogs, last fm e revistas online, que hoje se substituem às rádios no que à divulgação diz respeito. Nesses tempos o éter era, exceptuando umas poucas publicações em papel, a única fonte.
Bem haja pela visita e principalmente pela opinião.
Volta sempre e mantém o sentido crítico.
SalU2
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