... entre a cidadania e o alheamento total.
Gosto de ir às compras. Gosto porque aprecio confeccionar como quero, as minhas próprias refeições; gosto porque tenho um horário que me permite comer (quase) sempre em casa; gosto também porque o meu vencimento não dá para outro tipo de alimentação.
Na manhã da passada Quinta-feira acordei demasiadamente cedo. Decidi então que podia ser um bom dia para ir abastecer a dispensa/frigorífico e seguidamente, de caminho, aproveitar um par de horas de praia. Saí de casa com a habitual boa disposição e rumei a um supermercado (aquele que costuma ter umas músicas nada irritantes como publicidade, com um nome composto por duas palavras em que a segunda é o oposto de amargo e pertence ao grupo Jerónimo Martins) e lá estava ele, à entrada, o motivo do meu dilema.
Tenho por costume usar um cesto para ir acumulando as mérculas (mesmo que poucas) enquanto caminho pelos corredores do estabelecimento, de lista em mão. Naquele dia assim pensei e ao entrar, em vez de tirar um cesto do local próprio, vi um no chão, a dois passos de mim e da porta, sozinho, vazio e desamparado. Pensei então que o dito tivesse sido vítima do mau comportamento de um qualquer cliente, incauto e o tivesse para ali atirado, no meio da passagem, absolutamente abandonado. Decidi, desde logo, "adopta-lo" e ao mesmo tempo proceder ao desimpedimento da via. Agarrei nele de forma determinada e fui à minha vida. Não sei se se pode chamar de vida, visto que passados alguns segundos, vem ao meu encontro uma senhora, esbaforida e visivelmente incomodada, que me perguntou: Esse cesto é seu? Eu, meio encavacado, depois de pedir desculpas, admiti que efectivamente não, devolvi o resultado do meu furto e expliquei à lesada que o mesmo estava no meio da passagem, vazio e que por isso o tinha usado. Pensando bem, fiquei incomodado com a situação e que, por vezes, tentar ter bons procedimentos nos pode levar a situações embaraçosas, situações essas que nos podem impelir a ter comportamentos banais, conformistas e simplistas. O grave é que, parece-me a mim, este modo de vida se está propagar, de maneira preocupante, a todas as áreas da sociedade.
Na manhã da passada Quinta-feira acordei demasiadamente cedo. Decidi então que podia ser um bom dia para ir abastecer a dispensa/frigorífico e seguidamente, de caminho, aproveitar um par de horas de praia. Saí de casa com a habitual boa disposição e rumei a um supermercado (aquele que costuma ter umas músicas nada irritantes como publicidade, com um nome composto por duas palavras em que a segunda é o oposto de amargo e pertence ao grupo Jerónimo Martins) e lá estava ele, à entrada, o motivo do meu dilema.
Tenho por costume usar um cesto para ir acumulando as mérculas (mesmo que poucas) enquanto caminho pelos corredores do estabelecimento, de lista em mão. Naquele dia assim pensei e ao entrar, em vez de tirar um cesto do local próprio, vi um no chão, a dois passos de mim e da porta, sozinho, vazio e desamparado. Pensei então que o dito tivesse sido vítima do mau comportamento de um qualquer cliente, incauto e o tivesse para ali atirado, no meio da passagem, absolutamente abandonado. Decidi, desde logo, "adopta-lo" e ao mesmo tempo proceder ao desimpedimento da via. Agarrei nele de forma determinada e fui à minha vida. Não sei se se pode chamar de vida, visto que passados alguns segundos, vem ao meu encontro uma senhora, esbaforida e visivelmente incomodada, que me perguntou: Esse cesto é seu? Eu, meio encavacado, depois de pedir desculpas, admiti que efectivamente não, devolvi o resultado do meu furto e expliquei à lesada que o mesmo estava no meio da passagem, vazio e que por isso o tinha usado. Pensando bem, fiquei incomodado com a situação e que, por vezes, tentar ter bons procedimentos nos pode levar a situações embaraçosas, situações essas que nos podem impelir a ter comportamentos banais, conformistas e simplistas. O grave é que, parece-me a mim, este modo de vida se está propagar, de maneira preocupante, a todas as áreas da sociedade.
Esperei e pensei no assunto desde o dia da ocorrência. A decisão está tomada: Apesar de ter a sensação de quase solidão nesta causa, vou continuar a minha cruzada e tentar efectivamente ser um bom cidadão. Conto convosco...
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