Jogo de Taça de Portugal. Equipas
do mesmo escalão. Tarde de grande calor. Espera-se um encontro igualado, com suposta vantagem para os
locais. Segunda parte, equipa da casa a perder 1-2 e a realizar um jogo pobre,
sem identidade nem entrega. O público, irritado com a parca prestação do seu clube,
a querer mais entrega. Jogada estranha na lateral, à minha frente, um adepto
chama um nome feio a um dos jogadores da sua equipa, que de forma estranha
responde e manda o dito adepto (seu parente) para um lado também feio e diz
algumas palavras sobre a sua linhagem. De imediato, desce da bancada central o
pai do jogador insultado e gera-se confusão junto à “grade”. Adeptos a criticar
a atitude do jogador, outros a pedir calma, como que desculpando tal comportamento e ainda outros indiferentes ao sucedido.
Intervenção dos agentes de autoridade e aparente acalmia de ânimos.
Decorrem mais uns minutos e há nova jogada junto à linha lateral. Continuam as “palavras carinhosas” por parte do público e o rapaz jogador cospe/escarra para o chão, ato assistido pelo auxiliar, que de imediato alerta o árbitro. Este interrompe o jogo e depois de consultar o “bandeirinha” chama o jogador insurreto e apresenta-lhe o cartão amarelo, segundo da conta pessoal, o que implica a sua expulsão. O povo enraivecido, espuma, vocifera e gera-se o caos. Nova intervenção da autoridade. O jogador expulso, quando todos pensavam que se iria retirar, ciente do seu erro e do mal causado à equipa, corre até à linha, na direção do adepto que iniciou o “processo”, numa tentativa de ajuste de contas civis. Os colegas de clube agarram-no, impedindo que salte a divisória do campo e levam-no até aos balneários.
Decorrem mais uns minutos e há nova jogada junto à linha lateral. Continuam as “palavras carinhosas” por parte do público e o rapaz jogador cospe/escarra para o chão, ato assistido pelo auxiliar, que de imediato alerta o árbitro. Este interrompe o jogo e depois de consultar o “bandeirinha” chama o jogador insurreto e apresenta-lhe o cartão amarelo, segundo da conta pessoal, o que implica a sua expulsão. O povo enraivecido, espuma, vocifera e gera-se o caos. Nova intervenção da autoridade. O jogador expulso, quando todos pensavam que se iria retirar, ciente do seu erro e do mal causado à equipa, corre até à linha, na direção do adepto que iniciou o “processo”, numa tentativa de ajuste de contas civis. Os colegas de clube agarram-no, impedindo que salte a divisória do campo e levam-no até aos balneários.
Comentário de um senhor ao meu
lado, serena e pausadamente: “Eu logo vi. Quando um gajo almoça cabrito, está
tudo tramado*”.
O clube local continuou o jogo, em esforço e na
mesma toada demonstrada até ao incidente, acabando por perder 1-5 e sendo
eliminado da competição.
Foi uma tarde de grande calor...
* O termo utilizado na expressão
não foi, obviamente, o apresentado.
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