sexta-feira, 11 de julho de 2008

Optimus Alive 2008: Dia 1 (Parte II)

Continuação de aqui.
Hoje sei que perdemos os dois primeiros temas dos The National, um deles, Fake empire do qual ainda tivemos a sorte de escutar os acordes finais. Sou assumidamente grande fã da banda de Brooklyn e como não os vi na Aula Magna, este era o concerto que mais ansiava assistir. Apesar de não estar muito bem situado em termos de som, no recinto, pude constatar que a banda de Matt e o par de manos (alargada e melhorada pelos trompetes) é sublime em palco. Excelentes vocalizações e grandes prestações musicais. Claro que o concerto seria outro (mais intimista como se exigia) se acontecesse uma hora mais tarde ou num local mais acolhedor. Viveram-se momentos de arrepio com temas como Mr. November, Slow show ou Abel. Divinal.Depois de mais um interminável intervalo apareceram uns (para mim) estranhos Gogol Bordello, grupo ao qual reconheço qualidade mas que não me seduz e por essa razão, fico por aqui. 
De regresso ao palco Metro, encontrámos em alta performance a rapariga Peaches. Sempre comunicativa e dançante lá foi debitando o seu set ecléctico, mas sem deslumbrar. 
Mais uma passagem pelas filas dos bares (onde é que já se viu barracas de cerveja com 4 bicas e só 2 pessoas a trabalhar?) e encontro surpresa com uns amigos, que ajudaram a abrilhantar o resto da noite. Juntos fomos até ao palco principal porque ia actuar outra banda que muito admiro e sobre a qual tinha lido coisas boas sobre os seus concertos: Os Hives. Assim foi: um concerto musculado ao bom estilo rock, passagem pelos sucessos e temas do álbum de 2007. Um dos melhores concertos do dia.
Chegou-se a hora da refeição, dar uma volta pelo recinto, assistir a uma interessante actuação junto à zona Oásis (mistura de teatro com vocalizações e música, tudo ao vivo) e preparar para assistir aos grandes senhores da noite.Assim constatámos ao tentar, em vão, chegar o mais perto possível do palco, tal era a quantidade de povo que se reuniu para ver os cada vez menos americanos Rage Against the Machine. Verifiquei com agrado que a banda é mesmo um bicho de palco, em que o Zack está completamente empapado em suor decorridos apenas 10 minutos de concerto e Tom é mesmo um dos melhores guitarristas da história do rock. A actuação contou com os normais sucessos, outros temas menos badalados e cantarolados pela assistência, dedicatória de um tema ao nosso Nobel e um final apoteótico com o grande hit killing in the name. Como se suspeitava, o último foi decididamente o melhor.
Resumindo: Este primeiro dia foi mesmo em grande e podia ter sido perfeito caso não tivéssemos de lutar contra fenómenos que nos ultrapassam e que são facilmente ultrapassados por quem de direito, bastando para tal, boa vontade das empresas que ganham a vida (durante todo o ano) com a venda de espectáculos.Uma nota final para a coragem de um festivaleiro que ousou vestir Super Bock num festival Sagres e para outro que se apresentou no evento usando uma t-shirt do saudoso José Cid (Foto acima).
Sábado há mais?
Obrigadinho Maria, mas também Palestrista e Jurássico.

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